Velhice



Não precisamos de regras, precisamos de forças. Quando a gente precisa de um apoio lá estamos nós suplicando por atenção, com aqueles olhos de pessoa pedinte, não é muito útil quando acontece isso, mas sempre acontece basta sobrar tempo para ficar pensativo na varanda, ou para dormir demais...

Nós todos, quando queremos, entramos na loucura que é a mente, na nossa mente e na mente de qualquer um, se nós precisamos de atenção (afinal ninguém vive absolutamente sozinho) então a gente se põem a dar mais atenção as coisas ao nosso redor.

Se a gente ama, a loucura da mente não mais tão jovem pode dizer "não é assim, você fez tudo errado", e você concordar e continuar fazendo o que para ela era errado, mas que ao seu modo é o certo, apenas para o bem.

Ela irá falar, gritar, até mesmo te machucar se não concordar com ela. Porque pessoas tem motivos, e pessoas se fazem orgulhosas e egoístas, não podemos culpa-las por isso, são pessoas. Então você concorda e cuida do seu jeito, com calma, fazendo piada da vida...

Daquela vida de três amores e muitas festas, aquela pele agora branquinha e enrugada já passou por areias de muitas praias, os olhos já viram ventos, moinhos, céu, gente, muita gente, aquela boca já disse coisas duras, mas já espalhou palavras bonitas por esse mundo, ai com um ar um tanto duro, mas ainda sim sentem...

Os mais velhos são livros que falam.

O que a gente leva daqui são apenas lembranças, escritos e pinturas são derivados dessas lembranças que ficam para quem quiser ver.

Não basta ser jovem, não basta as regras, não basta falar. Basta agir, basta mostrar, basta fazer.

Precisamos de forças, nada é exato.


                                                                                                                                   Lectícia Péttine

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